Que bom que gostou! Confesso que fiquei com um pouco de receio de abordar isso, pois as pessoas acham que tomamos partido de tudo o que o artista faz - e não é bem assim. Reconhecer os acertos de um cara como RC é essencial, poxa vida, ele está em nossas vidas de tantas formas diferentes. Será que ele é tão ruim assim?
Adoro o álbum de "As curvas da estrada de Santos", só tem preciosidades! Aliás, falar dos álbuns do RC nesse período é chover no molhado, porque é difícil encontrar músicas ruins, quase todas são ótimas.
"Rotina" é uma música linda também, concordo contigo! O cara sabia ser romântico, né?
Amiga! Talvez eu escreva um textão. Primeiro, muito obrigada pela citação ♥ na hora que cheguei nesta parte, ia comentar o trecho do Graciliano Ramos que publiquei lá, "Os modernistas brasileiros, confundindo o ambiente literário do país com a Academia, traçaram linhas divisórias rígidas (mas arbitrárias) entre o bom e o mau. E, querendo destruir tudo que ficara para trás, condenaram, por ignorância ou safadeza, muita coisa que merecia ser salva." — acho que isso se casa com o Roberto, que eu também confesso que argumentei contra por muitos anos como qualquer twitteiro de esquerda que quer ser cool; mas meu motivo original era outro: desde bebezinha meus pais me acordavam com o som no maior volume ouvindo RC; ele foi tema de romance deles, parto da minha irmã, e até divórcio também. Então ele meio que foi um trauma muito grande pra mim, uma lembrança ruim (mas boa também), então concordei com os jovens só pra ter um bolo de argumentos contra o RC.
Mas já comprovei toda sua teoria nesse meu relato. Lady Laura, mamãe sempre tocava à noite na nossa primeira casinha aqui em SP, numa das mais de 40 fita K7 da BASF que papai gravava e marcava "RC 5" e outras, antes da popularização do CD. Papai ama o Côncavo e o Convexo (assim é nosso amor... no sexo), Coisa Bonita é um forrozinho gostoso e quase anti-gordofóbico (mas quase gordofóbico também kkkkk contrastes), Mulher Pequena: dona Heronita nos seus 1,42 se sente representada... e eu, querendo ou não, jamais deixei de amar os Rocks, sonho com o Caminhoneiro, AMO quando o Erasmo canta junto e RC com pena no cabelo era um charme que só ele! Esse seu cd favorito foi um que comprei pra mamãe uma vez (porque papai levou todos embora).
Como eu te disse no privado, 'Existe espaço para a narrativa fora das redes sociais?' foi um subtítulo potente demais. Se não existir, a gente inventa (pra se distrair, como diz o Cazuza), a gente abre um buraco! Porque essa superficialidade das redes eu não quero mais. Nossas últimas conversas e esse texto não sei se me curaram, mas me reconciliaram com esse cara, que há 30 anos escuto sem parar e sem querer, em todos os lugares possíveis. Até me lembrei aqui agora (estraguei o final do comentário kkk) de uma professora minha da primeira série (ano 2000!) fofocando com a colega da sala ao lado sobre ele e Maria Rita (talvez seja até do prezinho, pois ela faleceu em 99). Imagina, lembrar de uma fofoca de quase 1/4 de século? hahaha já tô virando coroa — e amando.
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Eu gosto bastante do Roberto, embora eu não conheça muito sobre sua vida (conheci um pouco mais agora), mas as músicas dele são um tesouro para mim.
As Curvas da Estrada de Santos é uma das minhas preferidas da vida, com certeza!
Você falou da Cama e Mesa e me lembrei de Rotina. Com certeza uma das músicas mais linda já escritas.
Que bom que gostou! Confesso que fiquei com um pouco de receio de abordar isso, pois as pessoas acham que tomamos partido de tudo o que o artista faz - e não é bem assim. Reconhecer os acertos de um cara como RC é essencial, poxa vida, ele está em nossas vidas de tantas formas diferentes. Será que ele é tão ruim assim?
Adoro o álbum de "As curvas da estrada de Santos", só tem preciosidades! Aliás, falar dos álbuns do RC nesse período é chover no molhado, porque é difícil encontrar músicas ruins, quase todas são ótimas.
"Rotina" é uma música linda também, concordo contigo! O cara sabia ser romântico, né?
Amiga! Talvez eu escreva um textão. Primeiro, muito obrigada pela citação ♥ na hora que cheguei nesta parte, ia comentar o trecho do Graciliano Ramos que publiquei lá, "Os modernistas brasileiros, confundindo o ambiente literário do país com a Academia, traçaram linhas divisórias rígidas (mas arbitrárias) entre o bom e o mau. E, querendo destruir tudo que ficara para trás, condenaram, por ignorância ou safadeza, muita coisa que merecia ser salva." — acho que isso se casa com o Roberto, que eu também confesso que argumentei contra por muitos anos como qualquer twitteiro de esquerda que quer ser cool; mas meu motivo original era outro: desde bebezinha meus pais me acordavam com o som no maior volume ouvindo RC; ele foi tema de romance deles, parto da minha irmã, e até divórcio também. Então ele meio que foi um trauma muito grande pra mim, uma lembrança ruim (mas boa também), então concordei com os jovens só pra ter um bolo de argumentos contra o RC.
Mas já comprovei toda sua teoria nesse meu relato. Lady Laura, mamãe sempre tocava à noite na nossa primeira casinha aqui em SP, numa das mais de 40 fita K7 da BASF que papai gravava e marcava "RC 5" e outras, antes da popularização do CD. Papai ama o Côncavo e o Convexo (assim é nosso amor... no sexo), Coisa Bonita é um forrozinho gostoso e quase anti-gordofóbico (mas quase gordofóbico também kkkkk contrastes), Mulher Pequena: dona Heronita nos seus 1,42 se sente representada... e eu, querendo ou não, jamais deixei de amar os Rocks, sonho com o Caminhoneiro, AMO quando o Erasmo canta junto e RC com pena no cabelo era um charme que só ele! Esse seu cd favorito foi um que comprei pra mamãe uma vez (porque papai levou todos embora).
Como eu te disse no privado, 'Existe espaço para a narrativa fora das redes sociais?' foi um subtítulo potente demais. Se não existir, a gente inventa (pra se distrair, como diz o Cazuza), a gente abre um buraco! Porque essa superficialidade das redes eu não quero mais. Nossas últimas conversas e esse texto não sei se me curaram, mas me reconciliaram com esse cara, que há 30 anos escuto sem parar e sem querer, em todos os lugares possíveis. Até me lembrei aqui agora (estraguei o final do comentário kkk) de uma professora minha da primeira série (ano 2000!) fofocando com a colega da sala ao lado sobre ele e Maria Rita (talvez seja até do prezinho, pois ela faleceu em 99). Imagina, lembrar de uma fofoca de quase 1/4 de século? hahaha já tô virando coroa — e amando.